Mundo WhoDat

A casa do torcedor do New Orleans Saints no Brasil!
Recuperação em Campo: Fratura de Jones

Recuperação em Campo: Fratura de Jones

O cornerback Kool-Aid McKinstry, de Alabama, escolhido pelo New Orleans Saints na segunda rodada do draft de 2024 da NFL tinha uma fratura de Jones no pé direito descoberta durante as avaliações médicas do NFL Scouting Combine, informou Ian Rapoport. Mas o que é a fratura de Jones?

Fratura de Jones

É um dos três tipos de fratura que pode acometer a base do quinto metatarso. Ocorre em uma área chamada zona 2, localizada acima da ponta proximal da base do metatarso. As fraturas de Jones, de maneira geral, ocorrem principalmente em pessoas que realizam atividades de impacto nos pés – como os jogadores de futebol americano, o que favorece as entorses por inversão. Por ser uma lesão em uma região de pouca vascularização, é comum que sua consolidação completa leve mais tempo que o normal,
variando de dois a quatro meses.

Local da fratura de Jones em verde. Crédito na própria imagem.

Como exposto, uma das principais causas da fratura de Jones são as entorses por inversão do tornozelo, mas também podem acontecer por sobrecarga na ponta dos pés, quando o mesmo é rotacionado sem o apoio adequado dos calcanhares no chão. Logo, a maioria dos casos dessa lesão e outros tipos de fraturas do quinto metatarso são relatados em atletas que praticam esportes que exigem energia de impacto nos pés, mas não somente, pessoas que usam salto alto também estão na lista de causas para fratura de Jones. Os principais sintomas da fratura são: dor na região lateral do pé após uma entorse;
dificuldade de apoiar o pé no solo; dificuldade para andar e edema com sensibilidade no local da fratura.

Para diagnosticar a fratura de Jones, é necessário, após avaliação da história clínica e exame físico do paciente/atleta, exames de imagem, como a radiografia, para confirmar o diagnóstico. Em casos de dúvidas no parecer, uma tomografia também será necessária para confirmação da lesão.

Tratamento

O tratamento, conforme dito acima, pode levar mais tempo que outros tipos de fraturas, pelo fato de ser uma região de menor vascularização. A priori, o tratamento conservador com imobilização do membro afetado ou uso de bota ortopédica é o recomendado até a consolidação óssea. De toda forma, variando de caso para caso, o paciente poderá ser autorizado a realizar descarga de peso, sendo parcial ou total do membro afetado. Existem casos onde a consolidação óssea não ocorre da forma adequada, sendo necessária a realização do procedimento cirúrgico.

Atletas visando o retorno mais rápido às atividades, pacientes que necessitam de uma reabilitação mais rápida, traumas de alta energia com grandes desvios e algumas fraturas na zona 3 são critérios para a realização da cirurgia.

Esse procedimento é rápido e seguro, e consiste na fixação da fratura por meio de um parafuso intramedular, ou seja, dentro do osso. Em alguns casos há necessidade de enxerto ósseo. A opção por esse procedimento é pelo fato que ele beneficia o paciente, acelera a cicatrização e os riscos de uma não-cicatrização é mitigado de forma considerável. O tempo de recuperação varia entre os pacientes/atletas, sendo o tempo médio de 3 meses.

Artigo escrito por: Gustavo Diniz

Imagem de capa: https://myorthoct.com/

Please follow and like us:

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.