Coluna do Zé: Duas derrotas tolas
Coluna do Zé: Duas derrotas tolas
Salve-se, torcedor dos Saints!
Volto depois de duas semanas para falar sobre mais duas derrotas do New Orleans Saints na temporada 2025-26. Duas derrotas doloridas, para mim.
Tanto a derrota dos Saints, no Caesars Superdome, para o New England Patriots, por 25 a 19, quanto a derrota no Soldier Field para o Chicago Bears, por 26 a 14, são tristes porque eram jogos acessíveis.
Acessíveis porque nem Patriots nem Bears estão entre os melhores times da liga, porque os Saints vinham de uma vitória por 26 a 14 contra o New York Giants e o astral do time poderia ter melhorado, acessíveis porque em determinados momentos dos jogos parecia que dava para ter ganho. Mas para ganhar na NFL é importante não errar. E o New Orleans Saints é um time que erra muito e nas piores horas.
Semana 6
Um time marcou touchdowns, o outro anotou field goals – essa foi a diferença básica no jogo contra o New England Patriots, no Caesars Superdome. Não dá pra ganhar deste jeito, se você é o time que só chuta. E não foi falta de volume de jogo.
O quarterback em segundo ano, Drake Maye, dos Patriots, completou três passes longos para touchdown e os Patriots adicionaram um field goal. Já Spencer Rattler, quarterback em seu segundo ano de Saints, teve um bom jogo, mas liderou o time a apenas um touchdown, já que o ataque dos Saints foi parado repetidamente na red zone, sendo forçado a se contentar com quatro field goals de Blake Grupe, que surpreendentemente não errou nenhum dessa vez.

Taysom Hill teve uma corrida de 1 jarda no primeiro tempo para o único touchdown da equipe, no início do segundo quarto, e os Saints passaram à frente no momento seguinte, com mais um field goal já nos dois minutos finais do primeiro tempo. Só que com 1:39 sobrando, os Patriots anotaram mais um touchdown, e nem para o intervalo os Saints foram ganhando. De novo.
O segundo tempo só teve um field goal para os Patriots, que colocaram números finais no jogo. Os Saints só tiveram drops, péssimas decisões e um fumble quando o time caminhava bem, no último quarto, com o tight-end Juwan Johnson, que tem a habilidade de falhar miseravelmente quando mais se precisa dele, após um desafio do treinador de New England.
Os Patriots marcaram em três passes para touchdown de Drake Maye, 53 jardas para DeMario Douglas e 25 e 29 jardas para Kayshon Boutte. Maye teve um pass rating perfeito.

Rattler acertou 20 de 26 tentativas de passe para 227 jardas, mas não conseguiu se conectar com seus recebedores na end zone. O receiver Chris Olave teve seis recepções para 98 jardas e o running back Alvin Kamara teve cinco recepções para 45 jardas.
As penalidades foram um problema para ambas as equipes, já que os Saints foram cometeram oito faltas para 67 jardas, enquanto New England teve 11 para 65 jardas. Uma semana depois de forçar cinco turnovers contra os Giants, o Saints não conseguiu nenhum contra os Patriots.
Foi bem triste, ver um time que não consegue manter e aproveitar os bons momentos que cria no jogo. E depender da secundária em um jogo em que eles não acertam nada, é uma frustração que me lembra os anos de Rob Ryan.

Semana 7
Depois de mais uma derrota em casa, hora de atravessar o país de Sul para o Norte e encarar o frio do Soldier Field, em Chicago.
E mais um início de jogo fraco, desmotivado, sem uma razão para sentir alegria, o ataque foi dominado por Dennis Allen, ex-treinador dos Saints e atual coordenador defensivo do Chicago Bears, que não se envergonhou em anotar dois touchdowns e dois field goals. Rapidamente.

E olha, houve uma interceptação, ainda no primeiro quarto, para cima do quarterback Caleb Williams, a primeira da carreira do cornerback calouro Quincy Riley. O placar ainda estava 3 a 0 para Chicago, mas o que a criança que chuta fez? Como esperado, Blake Grupe errou. Por que esse kicker ainda está empregado, eu não faço ideia.
Spencer Rattler teve sua pior atuação com a camisa dos Saints, provavelmente. Ao total foram quatro interceptações sofridas, inclusive uma na primeira campanha do jogo que já mostrava que Dennis Allen tinha um plano para anular o ataque dos Saints. E funcionou por quase todo o tempo. A defesa dos Saints ficou quase 78% do primeiro tempo em campo, o que significa que o ataque foi uma piada sem graça.
O jogo corrido quase não existiu, principalmente depois da lesão de Kendre Miller no primeiro quarto. Uma lesão no joelho que tira Miller do restante da temporada. O running back Alvin Kamara até tentou, e ultrapassou 12.000 jardas de scrimmage ao carregar 11 vezes para 28 jardas e receber três passes para uma jarda. Mas, como se vê, foi uma tarde difícil para os carregadores de bola. Ele precisa de duas recepções para chegar a 600 em sua carreira.

Destaques negativos, posso citar um triste e um patético. O center Erik McCoy deixou o jogo no quarto período com uma lesão no bíceps, e é fim de temporada para ele. Chase Young e Bryan Bresee combinaram em um sack no quarto período, e foi só isso, mostrando que apesar de muito tentar pressionar, a defesa não chega no quarterback rival e deixa muito espaço.
Espaço muito bem aproveitado pelos Bears. Chicago marcou touchdowns em uma corrida de 11 jardas de D’Andre Swift, que teve um total de 124 jardas em 19 tentativas de corrida e 14 jardas em uma recepção, e uma corrida de uma jarda de Kyle Monangai, que teve um total de 81 jardas em 13 tentativas de corrida com a bola, além de quatro field goals de Jake Moody, que substitui o lesionado Cairo Santos.
O destaque positivo foi o receiver Chris Olave. Os Saints tinham tentado 24 jogadas para apenas 13 jardas, até que o quarterback Spencer Rattler mudou as coisas com uma campanha de cinco jogadas e 91 jardas, finalizando com um touchdown em um passe de 21 jardas para Olave com 27 segundos para jogar. Os Saints então fizeram o drive de abertura do segundo tempo numa campanha de 80 jardas, terminando com um passe para touchdown de 14 jardas para Olave para fazer 20-14.

Mas isso é o mais próximo que os Saints chegariam, já que os Bears adicionaram um par de field goals de Moody e dominaram o tempo de posse de bola com seu jogo corrido. O restante do segundo tempo foi só dor e sofrimento, bem difícil de assistir.
Rattler teve dois turnovers no primeiro tempo, um fumble perdido e uma interceptação, e teve duas interceptações no segundo tempo. Ele acertou apenas 16 passes de 26 tentados para 183 jardas. Olave teve cinco recepções para 98 jardas e dois touchdowns, anotando mais de um touchdown em um jogo pela primeira vez em sua carreira.
Dennis Allen acaba com a alegria do torcedor dos Saints, não importa de que lado esteja. E mostra que é um excelente coordenador defensivo e um péssimo head coach (e perdedor).

Agora vem os rivais de divisão
O time que bate fofo, o New Orleans Saints, volta a campo no próximo domingo, para enfrentar o primeiro rival de divisão da temporada, o Tampa Bay Buccaneers, na janela das 17 horas, com transmissão pela ESPN 2 e no Disney +.
Pode não ser tão ruim quanto poderia ser, já que o time de Tampa está sofrendo muito com lesões, tanto no ataque quanto na defesa. Mike Evans está lesionado e provavelmente fora da temporada, por exemplo.
Nos últimos dez jogos da temporada, seis jogos serão contra os rivais de divisão. Pode ser bom, pode ser ruim. O que sei é que é melhor não criar muitas expectativas.
Só que, como diria o filósofo, clássico é clássico e vice-versa. E Tampa Bay Buccaneers, Atlanta Failcons e Carolina Punthers não estão lá essas coisas… Vai que…
Aproveitem para ouvir o We Dat Podcast dessa semana, o episódio de número 150 (We Dat Podcast #150 – As semanas 6 e 7 de 2025). Vale a pena ver o bate papo e ver o pessoal falando bem e mal dos Saints.
Bora, Saints!
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Venha me ver falando bobagem e sofrendo com o New Orleans Saints em outros lugares, como no Threads e no Instagram.
Foto de capa: A linha defensiva do New Orleans Saints pressão e deu calor em Caleb Williams (18) mas contra o jogo terrestre de Chicago, foi um fracasso (Michael C. Herbert / New Orleans Saints)

