Draft de 2025: conheça os nove selecionados do New Orleans Saints

Draft de 2025: conheça os nove selecionados do New Orleans Saints

O New Orleans Saints teve nove escolhas no draft de 2025. Com elas, o time selecionou: Kelvin Banks Jr (9ª pick), Tyler Shough (40ª), Vernon Broughton (71ª), Jonas Sanker (93ª), Danny Stutsman (112ª), Quincy Riley (131ª), Davin Neal (184ª), Molokai Matavao (248ª) e Fadil Diggs (254ª).

Na opinião dos analistas norte-americanos, a classe de 2025 do Saints recebeu uma nota C. Na visão deles, o time selecionou jogadores nas primeiras rodadas que estariam disponíveis em momentos posteriores, deixando atletas melhores de fora das suas escolhas. Mesmo assim, Banks, Shough, Stutsman e Riley são vistos como nomes que podem ter impacto imediato na equipe.

Confira abaixo a trajetória universitária de cada um dos nove jogadores, e o que os especialistas apontaram como seus pontos fortes e fracos chegando na NFL.

KELVIN BANKS JR (OT)

  • 21 anos – 10/03/2004
  • 1,96 metros de altura
  • 143 Kg
  • RAS (pontuação atlética): 8.25/10
Kelvin Banks Jr. atuando por Texas Longhorns (foto por: Matthew Visinsky/Icon Sportswire via AP Images)

Kelvin Banks saiu do ensino médio como um atleta 5 estrelas e teve três anos de destaque com o Texas Longhorns. Em seu último ano, ele venceu o Lombardi Award e o Outland Trophy (dado para os melhores jogadores de linha ofensiva universitários), e foi unanimemente escolhido como First-Team All-American e First-Team All-SEC.

O left guard é rápido, atlético e vai muito bem no jogo terrestre e em situações de screen. Seu trabalho de pés e uso das mãos em bloqueios também são pontos de destaque. Ele é bom em bloqueios duplos e explosivo para chegar no segundo nível das defesas.

Seu tamanho, no entanto, não é visto como ideal para a posição, com o tamanho dos braços sendo um ponto de maior preocupação. A proteção no jogo aéreo também precisa de trabalho. Além disso, por vezes, Banks perde o equilíbrio e acaba caindo durante bloqueios.

TYLER SHOUGH (QB)

  • 25 anos – 28/09/1996
  • 1,96 metros de altura
  • 99 Kg
  • RAS (pontuação atlética): 9.70/10
Tyler Shough atuando pelo Louisville Cardinals (foto por: Brandon Vallance/ISI Photos/Getty Images)

Com uma trajetória universitária pouco comum, Tyler Shough passou por Oregon Ducks, Texas Tech e Louisville em um período de sete anos. Ele ficou no banco nas duas primeiras temporadas em Oregon (atrás de Justin Herbert), e depois levou o time ao Fiesta Bowl. Nos três anos em Texas, seu tempo em campo foi limitado por lesões na clavícula, ombro e perna. Em sua única temporada em Louisville, foi eleito um dos três Comeback Players of the Year. Em 42 jogos universitários, ele acumulou 7820 jardas de passe, 59 touchdowns, 23 interceptações e teve 63% de passes completos.

Entre os pontos positivos de Shough destacam-se o seu tamanho, braço forte, boa visão do campo, o uso dos olhos para segurar linebackers e safeties, sua vasta experiência em campo, a boa mecânica de lançamento, a capacidade de lançar para todos os cantos e o processamento rápido do jogo.

Por outro lado, sua suscetibilidade a lesões é um grande ponto negativo. Além disso, o quarterback precisa melhorar sua precisão nos passes e a maneira como lida com pressões. Por confiar muito na potência de seu braço, às vezes ele acaba sendo confiante demais e não usa técnicas adequadas de lançamento.

VERNON BROUGHTON (DT)

  • 23 anos – 15/07/2001
  • 1,96 metros de altura
  • 141 Kg
  • RAS (pontuação atlética): -/10
Vernon Broughton atuando por Texas Longhorns (foto por: Will Gallagher/Inside Texas)

Apesar de ter cinco anos de experiência universitária com Texas Longhorns (acumulando 55 partidas), Vernon Broughton só se tornou titular em 2024, quando teve 39 tackles, 4,5 tackles para perda de jardas, 4 sacks, 2 fumbles forçados e 2 passes desviados.

Seu tamanho, dimensão dos braços e atleticismo são ideais para um defensive tackle na NFL. O primeiro passo rápido é ideal para causar problemas para as linhas ofensivas. Os pontos fortes de Broughton são contra o jogo terrestre e as marcações duplas.

Como pontos negativos, os analistas apontam a falta de potência nos membros superiores, o trabalho das mãos, a dificuldade contra o passe e a falta de produção na universidade.

JONAS SANKER (S)

  • 22 anos – 23/11/2002
  • 1,83 metros de altura
  • 93 Kg
  • RAS (pontuação atlética): 7.05/10
Jonas Sanker atuando por Virginia Cavaliers (foto por: Jamie Holt/Virginia Athletics)

Jonas Sanker passou quatro anos em Virginia e ganhou destaque nos últimos dois, sendo o líder da equipe em tackles e nomeado de forma consecutiva como First-Team All-ACC. Ao todo, acumulou 43 jogos, 273 tackles, 14 tackles para perda de jardas, 2 sacks, 2 interceptações, 17 passes defendidos e 4 fumbles forçados.

Ele tem bom tamanho e dimensões para a posição. Sanker joga bem em diversas partes do campo, seja como safety, nickel ou até mesmo como gunner nos times especiais. Ele também é disruptivo contra o jogo terrestre, faz boas leituras, tem bons instintos e joga com muita energia.

No entanto, seus ângulos nem sempre são os melhores (o que leva a muitos tackles perdidos).  Por vezes ele também se desfoca da jogada (com a atenção voltada ao backfield, acaba esquecendo sua função na cobertura) e tem algumas deficiências atléticas (o que prejudica sua capacidade de brigar no alto pela bola).

DANNY STUTSMAN (LB)

  • 22 anos – 10/03/2003
  • 1,91 metros de altura
  • 106 Kg
  • RAS (pontuação atlética): 9.62/10
Danny Stutsman atuando pelo Oklahoma Sooners (foto por: Chris Gardner/Getty Images)

Danny Stutsman jogou por quatro temporadas em Oklahoma e terminou sua carreira como o nono jogador com mais tackles na história da universidade, com 376. Em 2024, ele foi finalista do Butkus Award, dado ao melhor linebacker da temporada, e eleito First Team All-SEC.

Com bom tamanho, velocidade, instintos e inteligência, Stutsman tem habilidade para fugir de bloqueios, jogar perto da linha de scrimmage e fazer blitzes. Ele faz boas leituras do jogo terrestre e chega rapidamente até o ponto da jogada por conta de um bom tempo de reação. Considerado um ótimo líder, ele também pode jogar nos times especiais.

Porém, o linebacker precisa melhorar sua proteção contra o passe, especialmente em situações de homem contra homem. Por jogar com o corpo muito alto/ereto, ele não absorve muito bem os impactos dos bloqueadores. Além disso, sua técnica de tackles não é das melhores (especialmente em espaço aberto), o que leva a alguns tackles perdidos.

QUINCY RILEY (CB)

  • 23 anos – 26/05/2001
  • 1,80 metros de altura
  • 88 Kg
  • RAS (pontuação atlética): -/10
Quincy Riley atuando por Louisville Cardinals (foto por: Clare Grant/Courier Jounal/USA Today Network)

A carreira universitária de Quincy Riley começou em 2019 na Middle Tennessee State, onde ficou por três temporadas. Depois, se transferiu para Louisville, onde jogou por mais três anos. Com o Cardinals, ele foi destaque na ACC, fazendo 37 jogos e conseguindo 27 desvios de passe, 8 interceptações e 109 tackles.

Atlético, Riley tem um movimento de quadril muito bom e uma velocidade acima da média. Sua capacidade de competir pela bola com os recebedores, especialmente em lançamentos altos, também é um destaque.

O suporte ao jogo terrestre, por outro lado, é um ponto que deve ser treinado pelo cornerback. A velocidade de recuperação e reação também são um lado fraco de seu jogo. Por fim, a visão quando trabalha na cobertura em zona é abaixo da média.

DEVIN NEAL (RB)

  • 21 anos – 12/08/2003
  • 1,80 metros de altura
  • 97 Kg
  • RAS (pontuação atlética): 6.66/10
Devin Neal atuando pelo Kansas Jayhawks (foto por: Ed Zurga/Getty Images)

Em quatro anos com o Jayhawks, Devin Neal ultrapassou a marca das mil jardas pelo chão em três anos consecutivos. Neste meio tempo, ele quebrou os recordes da universidade em jardas terrestres, touchdowns terrestres, touchdowns totais e jogos com 100 ou mais jardas. Ele também foi peça fundamental da equipe que ajudou Kansas a voltar a um Bowl pela primeira vez desde 2008.

O running back tem paciência e visão para achar os melhores corredores na linha ofensiva. Ele é bom quando se precisa de um avanço curto e protege bem a bola, sofrendo poucos turnovers. Além disso, Neal tem boas habilidades para receber passes saindo do backfield. De forma geral, é considerado um jogador forte que pode carregar a bola muitas vezes e em qualquer situação.

Como pontos negativos estão seu arranque e explosão iniciais um pouco lentos, a falta de velocidade em campo aberto e a proteção ao quarterback.

MOLIKI MATAVAO (TE)

  • 22 anos – 17/03/2003
  • 1,98 metros de altura
  • 118 Kg
  • RAS (pontuação atlética): 6.59/10
Moliki Matavao atuando por UCLA Bruins (foto por: Vincent Carchietta/Imagn Images)

Com quatro anos de experiência universitária, Moliki Matavao passou dois anos em Oregon e outros dois em UCLA, destacando-se em sua última temporada com o Bruins. Ao todo, ele teve 74 recepções para 998 jardas e 6 touchdowns. O tight end recebeu o Jackie R. Robinson Award, por seu trabalho em favor da justiça social.

Como pontos positivos, os scouts apontam seu tamanho, atleticismo e velocidade inicial. Por conta disso, seu trabalho no meio do campo se destaca. Recentemente, ele também melhorou seu trabalho como recebedor.

A velocidade inicial, no entanto, é perdida em rotas mais longas, em campo aberto e com a bola nas mãos. Além disso, Matavao precisa trabalhar sua habilidade como bloqueador, especialmente para o jogo terrestre.

FADIL DIGGS (DL)

  • 23 anos – 15/10/2001
  • 1,93 metros de altura
  • 117 Kg
  • RAS (pontuação atlética): 9.36/10
Fadil Diggs atuando por Syracuse Orange (foto por: Adrian Kraus/AP Photo)

Fadil Diggs passou quatro anos em Texas A&M antes de ir para Syracuse, onde teve impacto imediato como capitão do time. Em cinco temporadas universitárias, ele acumulou 45 jogos, 120 tackles, 33 tackles para perda de jardas, 15.5 sacks e 4 fumbles forçados.

Suas mãos fortes, flexibilidade para jogar em vários pontos da linha defensiva e liderança são seus principais pontos positivos. Para um jogador do seu tamanho, Diggs tem boa explosão e velocidade, principalmente no início das jogadas.

Como pontos negativos dele estão a falta de consistência no pass rush e contra o jogo terrestre. A falta de diversidade em seu jogo para contrapor os adversários também é uma preocupação.

Texto de Thais May Carvalho – 05 de Maio de 2025

Imagem de capa: GREEN BAY, WISCONSIN – APRIL 24: Fans attend the 2025 NFL Draft at Lambeau Field on April 24, 2025 in Green Bay, Wisconsin. (Photo by Joshua Applegate/Getty Images)

Please follow and like us:

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.