Salary cap do Saints: por que o assunto está “na boca do povo”?
Salary cap do Saints: por que o assunto está “na boca do povo”?
Quando uma temporada da NFL chega ao fim, a reação imediata é começar a pensar na temporada seguinte, especialmente nas mudanças que os times sofrerão na off season, dependendo do valor máximo que a liga estipula que o teto salarial do ano seguinte será.
Só que, como todos já sabem, o ano de 2020 foi um ano completamente atípico, especialmente por conta da pandemia da COVID-19, que naturalmente acabou diminuindo as receitas da liga para o próximo ano vigente, causando uma inevitável queda no valor do teto salarial de 2021.
De todos os times da liga, ficou claro que o time que precisaria se ajustar mais para estar dentro do teto seria o New Orleans Saints, já que nossa folha salarial estava cerca de 100 milhões de dólares acima do valor que estava sendo estimado para esse teto. Com isso, nossa situação em relação ao salary cap se tornou o maior motivo de debate nessa off season, tanto por torcedores da franquia, quanto por torcedores alheios. E, como já era esperado, começaram os rumores de que o time precisaria trocar uma ou mais estrelas do seu elenco para ficar dentro do salary cap.
Um grande exemplo disso é a matéria que Joel Corry, da CBS, fez detalhando quais as possíveis movimentações que a diretoria do time teria que realizar para ficar abaixo do cap estipulado para não sofrer sanções da liga.
O que a torcida dos outros times parecia não lembrar é que a franquia de New Orleans tem um histórico longo de sair de situações ruins no salary cap com alguma facilidade, especialmente nos últimos anos, muito por conta do seu General Manager, Mickey Loomis.
Chamado por muitos de “mágico do salary cap“, Loomis já havia por mais de uma vez provado que, caso a diretoria do time esteja disposta a pagar por bônus de jogadores de maneira adiantada, sempre é possível reestruturar contratos grandes de jogadores importantes do elenco, o que diminui o cap hit desses jogadores no ano vigente e garante a permanência dessas peças fundamentais no elenco.
Só que, com um déficit inicial tão grande em relação ao salary cap que estava sendo estimado, especialmente devido ao decréscimo de 15 milhões de dólares que esse cap sofreu em relação à 2020, só essas reestruturações não bastariam, e o elenco precisaria sofrer alguns cortes de titulares secundários, jogadores importantes, mas que não eram os principais de suas posições.
E esses cortes começaram a servir de “muleta” para aqueles mesmos que haviam dito lá atrás que o time precisaria trocar estrelas, apontando que a saída desses vários jogadores configurava um desmanche na equipe, já que se tratavam de titulares ou peças importantes do elenco de apoio.
Porém essas pessoas se esqueceram de um pequeno detalhe: a diminuição do valor do teto salarial em momento algum ameaçou os rendimentos dos principais jogadores da liga, e sim dos jogadores “de classe média” da mesma. Outras franquias também começaram a reestruturar os salários de seus grandes atletas, e cortar os atletas de nível mediano que possuíam um contrato muito alto para sua produção.
É prevista uma renovação do contrato dos direitos de transmissão da NFL em 2022, e, de acordo com Adam Schefter, ela deve ser por um valor estratosférico. Com isso, se torna muito mais fácil para times como o Saints jogar esses valores dos contratos grandes para o futuro, assim abrindo espaço no teto salarial no presente. E isso também significa que esses jogadores medianos que vêm sendo cortados, devem aceitar valores menores em contratos curtos em 2021, já esperando esse aumento previsto para 2022, ou simplesmente para se adequarem à nova realidade de boa parte das equipes, outro fator que deve beneficiar a equipe de New Orleans.
Se isso tudo ainda não te deixou mais tranquilo em relação à situação do time, é sempre bom relembrar: in Loomis we trust!
Que texto!!!