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A LESÃO DE MICHAEL THOMAS, SEUS DESDOBRAMENTOS E REFLEXÕES SOBRE O (SUPER) ELENCO DE NEW ORLEANS

A LESÃO DE MICHAEL THOMAS, SEUS DESDOBRAMENTOS E REFLEXÕES SOBRE O (SUPER) ELENCO DE NEW ORLEANS

Após a vitória contra o Tampa Bay Buccaneers, no último domingo (13), Michael Thomas foi diagnosticado com uma lesão no tornozelo que em primeiro momento não parecia tão grave, mas após alguns dias, foi constado pelo Saints que a situação é pior do que se imaginava.

O Jogador deve  perder algumas semanas com esse problema e acredito que a melhor alternativa para Thomas seja se recuperar da melhor forma possível para evitarmos o que aconteceu com Alvin Kamara no ano passado, apesar de Mike  não estar muito a vontade com a ideia.

Primeiramente, não há pontos positivos nisso. A expressão “benção disfarçada” sempre aparece nesses momentos, aqui, indicando que o Saints poderia tentar coisas novas, expandir o ataque… A verdade é que isso pode ocorrer, mas perder seu melhor jogador de ataque em uma temporada pelo tempo que for em uma temporada tão complicada como essa não traz beneficio algum a Sean Payton e companhia.

Então como o Saints vai sobreviver com ausência do jogador? Bom, tivemos uma pequena amostra na semana um, em que o próprio Thomas, mesmo que saudável, não teve grande contribuição (isso não passou só pelos jogadores, mas trataremos do coaching staff mais adiante).

O Saints tem um elenco extremamente forte em todas as três fases do jogo. Vamos falar um pouco do ataque.

Ataque

Este talvez seja o melhor grupo de jogadores que Brees já teve ao seu redor. A linha tem uma das melhores, se não a melhor dupla de tackles da liga em Ramczyk e Armstead, um meio muito sólido com o jovem Erik McCoy, um sólido titular em Peat e aguarda a estreia do promissor Ruiz.

Quanto ao grupo de recebedores, além de Thomas, Loomis assinou com o experiente e extremamente talentoso, Emmanuel Sanders, fazendo com que o time tenha um real nº 2 que não constava no elenco. Além dele, o grupo conta com Tre’Quan que parece saudável e depois de um ótimo camp, o veloz e perigoso Deonte Harris e o promissor Marquez Callaway que se segurou em um elenco extremamente profundo. Poderia falar do veterano Fowler, mas deve ficar mais restrito aos special teams, e o já conhecido Jordan Humphrey que volta e meia mostra seu potencial.

Isso vai ficar redundante, mas passando para as outras skill positions temos Jared Cook que foi o jogador mais acionado na partida  e parece em sintonia com Brees. Depois de um começo lento no ano passado o ex-Raiders teve 9 touchdowns na temporada. Excelente! Temos também o velho conhecido Josh Hill, importantíssimo no jogo corrido e o novato Adam Trautman, que já vem trabalhando como bloqueador e deve ser cada vez mais envolvido no plano de jogo.

Correndo, recebendo e bloqueando temos Alvin Kamara que já começou a temporada  com dois touchdowns que lembraram seus melhores dias. Latavius Murray, grande power back que mostrou tanto na última temporada que fez o Saints voltar a ter dois running backs titulares.

Gostaria de ver o envolvimento de Ty Montgomery nesse time. Seu trabalho recebendo passes no camp chamou a atenção do Saints a ponto de mantê-lo no elenco e essa característica pode ser um adendo interessante ao grupo.

Partiremos para outro lado da bola, já que sabemos muito bem (infelizmente) que apenas um ataque estelar não adianta para tornar uma franquia vencedora.

Defesa

Essa unidade defensiva que, sem surpreender ninguém (ou quase ninguém), mostrou-se extremamente capaz de segurar as pontas (mais uma vez) em dias que o ataque não funcionou.

Sou profundamente apaixonado pela linha defensiva, é o grupo mais constante e profundo do time. Cameron Jordan vai aposentar como um dos maiores defensores da história do Saints; Rankins voltou fazendo o trabalho sujo pelo meio da linha e saudável deve explodir novamente; Onyemata é o que eu chamaria de monstro, extremamente disruptivo, provocador, causador de desmoronamentos e Brown é o jogador mais subvalorizado dessa linha e a evolução é notável desde sua chegada.

Os mais jovens jogadores dessa linha não deixam nada a desejar. Davenport, saudável, pode ser gigantesco na liga. A evolução é ridícula a ponto de fazer os mais céticos, como este que vos escreve, se render aos talentos do jogador. Hendrickson tem um motor imparável, sua principal característica desde o college. E, pra fechar, Carl Granderson, Shy Tuttle e Malcom Roach, todos UDFA que já tiveram contribuições. Esse último, calouro, deixou uma ótima impressão no domingo.

Um pequeno adendo para falar do coaching staff, e eu espero (com certeza) que a liga não veja isso, mas Ryan Nielsen é um dos coordenadores mais subestimados de toda a liga. A linha defensiva do Saints virou da água pro vinho depois de sua chegada e é nítido seu toque em praticamente todos que passaram pelo elenco.

O meio desse time provavelmente seja o grupo mais “fraco” do elenco, mas quando esse grupo tem um All-Pro, acho que está de bom tamanho. Demario Davis é maravilhoso. Além dele, um rejuvenescido grupo conta com Alex Anzalone, nosso MLB titular, que saudável (sim, outro) vem muito bem. Kaden Ellis e Zach Baun são a dupla promissora que aguarda seu momento de contribuir em uma maior escala enquanto vão aprendendo a posição.

A secundária conta com um dos melhores cornerbacks da liga em Marshon Lattimore, um dos free safetys menos valorizados pela liga e essencial em Marcus Willams, um demônio em seu segundo ano que consolida-se cada vez mais no time titular em Chauncey Gardner-Johnson e a dupla de Jenkins, Malcom e Janoris, veteranos que dão a necessária experiência a esse elenco.

Special Teams

Difícil falar algo de negativo dos special teams do Saints há alguns anos. Morstead, Lutz e Wood estão, como grande parte do elenco, em outro patamar. Além disso, o trabalho de cobertura com Hardee e Gray é louvável e temos em mãos um dos melhores (se não o melhor) retornador da liga em Deonte Harris.

Sean Payton foi extremamente crítico de sua primeira atuação, assim como Brees, e como nós sabemos não dá pra desacreditar essa dupla.  Acredito que ambos vão melhorar e fazer as adaptações necessárias para que o ataque volte a funcionar, pois, como exaustivamente colocado, as peças são inúmeras e as outra unidades mostram já há alguns anos que as temporadas de depender de Brees são coisa do passado.

Da mesma forma dizer que o time vai desmoronar sem Thomas não é a mais assertiva das afirmações, como discorrido aqui e demonstrado em campo em várias ocasiões.

Vai ser fácil? Não, mas adaptar-se as situações e aos percalços é algo que toda grande franquia vencedora passa durante a temporada e esperamos que o Saints seja uma dessas franquias novamente.

Fonte: espn.com

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