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Análise: Quarterbacks do New Orleans Saints para a temporada 2022 da NFL

Análise: Quarterbacks do New Orleans Saints para a temporada 2022 da NFL

Após a aposentadoria de Drew Brees, o New Orleans Saints entra em um segundo ano consecutivo com incertezas na posição de quarterback. Até o momento, o time da Louisiana conta com quatro QBs no elenco: Jameis Winston, Andy Dalton, Taysom Hill e Ian Book, mas as coisas podem mudar até o início da temporada regular.

Com a troca feita com o Philadelphia Eagles, que envolve oito escolhas do draft, incluindo a 16ª pick deste ano, existem indícios de que a equipe está tentando subir na ordem para possivelmente selecionar um QB. Entre os principais jogadores da posição neste draft estão Malik Willis (Liberty), Matt Corral (Mississippi), Kenny Pickett (Pittsburgh), Sam Howell (North Carolina), Carson Strong (Nevada) e Desmond Ridder (Cincinnati).

Este sendo o caso ou não, nós preparamos uma análise destrinchando a atual situação dos quarterbacks disponíveis em New Orleans para a próxima temporada.

JAMEIS WINSTON

Depois de não conseguir a contratação de Deshaun Watson, New Orleans optou por trazer de volta Jameis Winston com um contrato de dois anos e US$ 28 milhões (sendo US$21 milhões deles garantidos). A expectativa é que ele seja o quarterback titular em 2022.

No seu primeiro ano com o Saints, em 2020, Winston não foi muito utilizado, mesmo com a lesão de Brees. Ele fez apenas 54 snaps, completando 8 de 12 passes tentados e conseguindo um TD. Já em 2021, ele ganhou o cargo de titular na pré-temporada, mas rompeu o ligamento do joelho na semana 8, no confronto contra o Tampa Bay Buccaneers. Antes de sofrer a lesão que acabou com seu ano, Winston levou o Saints a um recorde 5-2, com um rating de 102.8, 57% de passes completos, 1170 jardas lançadas, 14 touchdowns e apenas 3 interceptações.

Jamies Winston. Foto: Sean Gardner/Getty Images

Diferentemente de quando jogava em Tampa Bay, quando era um QB explosivo, mas irresponsável, sob o comando de Sean Payton, Jameis Winston estava atuando mais como um “game manager“, ou seja, cuidando bem da bola e lançando só quando necessário.

Em seus sete anos na NFL, Winston tem números medianos. São 20.982 jardas aéreas, 135 touchdowns lançados, 91 interceptações, 61,2% de passes completos e rating de 87.8. Ele nunca levou seu time aos playoffs e tem um recorde de 33 vitórias e 44 derrotas, sendo que a única temporada completa com recorde positivo aconteceu em 2016 (9-7). Estatisticamente, seu melhor ano foi 2019, quando lançou para mais de 5 mil jardas e 33 touchdowns (embora também tenha lançado 30 interceptações).

ANDY DALTON

Após se desfazer de Trevor Siemian, que era o quarterback reserva do time na última temporada, New Orleans contratou o veterano Andy Dalton, de 34 anos, por um ano e US$ 6 milhões (com três deles garantidos). Ao que tudo indica, ele será o primeiro reserva caso alguma coisa aconteça com Jameis Winston.

Dalton começou a carreira muito bem em Cincinnati. Nos cinco primeiros anos, foram cinco campanhas positivas e aparições nos playoffs. Porém, de 2016 em diante o QB não conseguiu mais atuar em alto nível de forma consistente, e só teve anos com mais derrotas do que vitórias.

Andy Dalton. Foto: Quinn Harris/Getty Images

Após deixar o Bengals, Dalton foi para Dallas em 2020, onde assumiu a titularidade por nove jogos após a lesão de Prescott. Seu desempenho foi de mediano para bom com o Cowboys, mas ele foi derrotado no jogo final da temporada e a equipe acabou não se classificando aos playoffs. Por seu desempenho em Dallas, Chicago ofereceu um contrato de US$ 10 milhões para que ele fosse o quarterback titular em 2021, mas Dalton não jogou bem e logo perdeu o posto para Justin Fields.

Em 11 anos de carreira na NFL, Andy Dalton tem um recorde 77-69-2 na temporada regular e quatro derrotas e nenhuma vitória nos playoffs. O QB completou 3.122 de 5.018 passes tentados (o que dá um aproveitamento de 62,2%), tem 226 touchdowns aéreos e 22 terrestres, 35.279 jardas aéreas, um rating de 87.0 e 135 interceptações.

TAYSOM HILL

Conhecido por ser um canivete suíço em campo, Taysom Hill provavelmente não terá mais muitas oportunidades para lançar passes na NFL. Ao ser promovido ao cargo de técnico principal, Dennis Allen disse que pretende usar Taysom Hill mais como um tight end, para que ele possa aproveitar suas habilidades atléticas.

“Creio que o papel de Taysom realmente vai ser muito mais um tipo F de tight end. Vejo que essa é a direção que precisamos seguir com ele, porque acho que ele pode ser um dos melhores jogadores da liga nessa função”, disse Allen. Um TE tipo F é basicamente aquele jogador que se movimenta bastante pelo campo, podendo se posicionar como fullback, no slot, aberto como wide receiver ou na linha ofensiva.

Taysom Hill. Foto: Kevin C. Cox/Getty Images

Nas últimas duas temporadas, por conta das lesões de Brees e Winston, Hill teve a oportunidade de mostrar seu lado de quarterback. Sean Payton até chegou a dizer que via seu potencial como passador e que ele poderia ser uma espécie de Steve Young. Porém, mesmo tendo um recorde positivo, com 7 vitórias e 2 derrotas, seu desempenho na posição não agradou os torcedores e analistas. Nesses dois anos, ele teve uma média de apenas 18 passes por jogo e muitas vitórias foram mais trunfos da defesa e do ataque terrestre.

Em cinco anos em New Orleans, Taysom Hill completou 172 de 268 passes tentados, lançou para 2025 jardas e teve 8 touchdowns aéreos e 8 interceptações. Em compensação, o QB marcou 16 TDs terrestres e outros 7 como recebedor. Ele também foi responsável por 609 jardas correndo ou recebendo a bola. Além disso, Hill participou do special teams, aonde fez mais de 50% dos snaps em seus primeiros três anos e conseguiu 14 tackles.

IAN BOOK

O único jogo de Ian Book como titular na NFL foi um desastre para o Saints. Com Winston machucado e Hill e Siemian na lista da Covid, o calouro fez sua estreia inesperada na semana 15. Na derrota por 20 a 3 para Miami, o QB completou apenas 12 de 20 passes para 135 jardas e duas interceptações.

Mas é difícil julgar o desempenho e o potencial de um novato a partir de um único jogo, especialmente quando metade da equipe ficou de fora da partida por causa da Covid-19.

Ian Book. Foto: Chris Graythen/Getty Images

Escolha de quarta rodada no draft de 2021, Book passou a maior parte da temporada passada no practice squad. Mas em seus quatro anos na Universidade de Notre Dame, ele ajudou a equipe a vencer o Citrus Bowl e a chegar a duas semifinais do College Football Playoff.

Nos scouts para o draft, os especialistas ressaltaram sua pontaria, seu trabalho de pés, o espírito competitivo e o atleticismo como pontos positivos. Porém, eles também falaram sobre sua baixa estatura, falta de força no braço, baixa produtividade fora do pocket e a demora para tomar decisão como pontos negativos e que o limitariam a ser, no máximo, um QB reserva na NFL. Com a chegada de Dalton e a possível escolha de um quarterback no draft, Ian Book outra vez não deve fazer parte do elenco de 53 jogadores na maior parte da temporada.

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