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Conhecendo nosso adversário: Seattle Seahawks

Após uma semana de descanso, o New Orleans Saints volta a campo para estrear no horário nobre esta temporada. E o confronto não foi escolhido para o primetime à toa, pois envolve duas das equipes que costumaram frequentar as primeiras posições da NFC nos últimos anos.

O adversário da semana é o Seattle Seahawks, equipe tradicional, mas que está longe de sua melhor fase, tendo uma campanha de duas vitórias e quatro derrotas na competição, ocupando a lanterna da NFC Oeste. Após vencer e convencer na semana 1 diante do Colts por 28×16, os problemas começaram a aparecer e a equipe perdeu em casa por 33×30 para o Titans e fora para o Minnesota Vikings por 30×17. Na semana 4 a equipe até se recuperou vencendo o 49ers por 28×21, mas a lesão de seu QB Russell Wilson contra o LA Rams fez com que a equipe perdesse este jogo por 26×17 e também para seu adversário na semana passada, o Pittsburgh Steelers, por 23 a 20 na prorrogação.

Como dito acima, o poderio ofensivo da franquia fica muito prejudicado com a ausência de seu excelente QB titular, e a defesa também mostra fragilidades há um tempo. No entanto, existem alguns pontos fortes que merecem ser exaltados, e tudo isso será analisado com mais detalhes abaixo.

ATAQUE

Geno Smith e Alex Collins. Foto de: Bleacher Report.

Estatisticamente falando, podemos colocar atualmente o ataque do Seahawks da metade para baixo da NFL, isso pois a equipe é apenas a 22ª em jardas totais com médias de 344 por jogo, e ocupa a 18ª posição em pontos por jogo com uma média de 23,3 por partida.

Gostaria muito de chegar aqui e falar sobre Russell Wilson como exemplo de líder e quarterback da equipe mas, como sabemos bem, ele também foi vítima de Aaron Donald, se lesionando e não estará na partida. Isso abre espaço para o veterano Geno Smith, que não pode ser considerado nada mais que mediano, mas que já mostrou ter a capacidade de conduzir o time a continuar sendo competitivo, visto que, apesar de perder, acabou a partida contra o Steelers completando 23 dos 32 passes tentados, somando 209 jardas e um touchdown.

O que pode ajudar Geno Smith são seus recebedores. Isso porque Seattle conta com uma dupla incrível em DK Metcalf e Tyler Lockett, ambos com mais de 400 jardas na temporada e somando para oito touchdowns. Além de ambos, a equipe ainda conta com os TEs Will Dissly e Gerald Everrett que contribuem relativamente, além do WR Freddie Swain e dos RBs que costumam também aparecer um pouco no jogo aéreo.

Passando para os corredores, a equipe também sofre com a lesão do RB titular Cris Carson, e possui um trio que divide corridas com a ausência do titular: focando principalmente em Alex Collins (Q), apesar de participações significativas de DeeJay Dallas e Travis Homer. São corredores que, apesar de não possuírem muito nome, possuem a capacidade de contribuir decentemente para o sucesso do ataque.

Um grupo que costuma ter problemas neste ataque historicamente é a linha ofensiva. Este ano, a coisa não é muito diferente, com a equipe ocupando a 27ª posição em sacks cedidos por temporada com uma média de 3 por jogo, algo que a linha defensiva do Saints pode se aproveitar para tomar as rédeas do confronto.

DEFESA

Bobby Wagner sackando Jimmy Garoppolo. Foto de: Bettina Hansen/The Seattle Times/TNS

Do lado defensivo da bola, a coisa também não está boa para a equipe de Seattle. Em estatísticas, a equipe é a 21ª da liga em pontos cedidos por confronto com a alta média de 24,8, além de ocuparem a última posição em jardas totais cedidas por confronto, com a incrível marca de 433,2 por duelo.

Indo para os setores da defesa, começando de praxe pela linha defensiva, que é liderada pelo experiente veterano Carlos Dunlap. Além dele, a equipe ainda conta com Poona Ford, Al Woods, Bryan Mone, Rasheem Greene e Kerry Hyder Jr. Por possuir os OLB atacando o QB também, é interessante dizer que a equipe possui Darrell Taylor (líder em sacks no time com 4) e Benson Mayowa que também costumam se alinhar na linha de scrimmage. Quanto a efetividade, essa parte do front seven faz com que a equipe ocupe apenas a 23ª posição em sacks feitos por jogo, com a média de 1,8 por confronto.

Já entre os linebackers, que completam o front seven, destaca-se além de Jordyn Brooks que, apesar de designado com OLB joga bastante na posição de linebacker interno e possui 59 tackles na temporada, a equipe ainda conta com o onipresente e ótimo jogador Bobby Wagner, que jogou todos os snaps defensivos da equipe na temporada até aqui e é o líder em tackles com 72. Quanto as estatísticas, apesar da estrela em campo a situação é crítica, pois a equipe é a terceira pior da liga em jardas terrestres cedidas por jogo com a enorme média de 140,8.

Se você achou a defesa de Seattle frágil até agora, saiba que o grupo mais ineficaz da defesa num passado recente costuma ser a secundária. Um reflexo disso é o de que o CB listado como CB1 da equipe no início da temporada, Tre Flowers, foi dispensado no decorrer deste ano devido à péssimas atuações. Dito isso, vale dizer que o melhor jogador desta secundária tem sido o safety Quandre Diggs, que já possui duas interceptações no ano. Além dele, o talentoso que ainda não se encontrou em Seattle Jamal Adams é seu companheiro de fundo de campo, enquanto, dentre os corners, a equipe conta com D.J. Reed e Sidney Jones como titulares, além de Ugo Amadi e o recém chegado Tre Brown. Esta secundária é responsável pela 5ª pior marca em jardas aéreas cedidas por jogo, com uma média de 293,3 por duelo.

TIME DE ESPECIALISTAS

Jason Myers e Michael Dickson. Foto de: AP Photo/Elaine Thompson.

A unidade de melhor efetividade da equipe aparenta ser o time de especialistas, pois conta com o ótimo kicker Jason Myers, além do experiente e muito bom punter Michael Dickson. Os retornos, por sua vez, são feitos por Freddie Swain nos punts e Deejay Dallas nos kickoffs.

Dito tudo isto acima, apesar do Saints estar longe de apresentar um futebol americano dos mais agradáveis, é difícil não colocar a equipe como favorita do confronto, apesar do mesmo acontecer em Seattle no Lumen Field, local onde os torcedores costumam fazer a diferença. A partida acontecerá na segunda-feira, o Monday Night Football, com transmissão dos canais ESPN e início as 21h15, no horário de Brasília.

Imagem destacada: Robert Hanashiro/USA TODAY Sports.

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