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MOCK DRAFT “MUNDO WHO DAT” 2021

MOCK DRAFT “MUNDO WHO DAT” 2021

O NFL Draft 2021 já está quase entre nós, um evento que sempre deixa os torcedores das franquias muito aflitos e ansiosos. Especialmente se o seu time adora fazer trocas arriscadas no dia do Draft, e ninguém melhor do que a torcida do Saints para provar isso.

Desde que a parceria Mickey Loomis-Sean Payton se iniciou em 2006, os Saints fizeram trocas em todos os Drafts, exceto 2012. E não é costume da franquia querer acumular mais picks, e sim tentar subir para pegar seus prospectos favoritos. Das 20 trocas em dia de Draft realizadas pelo front office, 17 foram trade ups, incluindo as últimas 16. Não houve nenhum trade down desde 2007.

Esse histórico, aliado ao baixo número de prospectos inscritos no Draft em 2021 (menos de 700 em 2021, 1.839 em 2020), nos faz acreditar que o time mais uma vez tentará subir uma ou mais vezes para assegurar seus jogadores favoritos, e que também continuará não dando muita importância para as escolhas de 3º dia (apenas 1 em 2020).

Levando tudo isso em conta, aqui serão apresentadas duas simulações do Draft 2021 do New Orleans Saints, uma tentando prever o que o GM Mickey Loomis irá fazer, e a outra mostrando o que eu tentaria fazer (ambas as simulações foram feitas usando a plataforma NFL Mock Draft Database). Vamos às simulações:

DRAFTANDO COMO MICKEY LOOMIS

1ª RODADA (Pick 21) – Caleb Farley, CB, Virginia Tech

(Detalhes da troca: NO envia picks #28, #105 e 3rd 20 para IND em troca das picks #21 e #127.)

Como já foi dito acima, Loomis ama um trade up, e ele não perderia a chance de subir pelo possível CB1 da classe (se as lesões não atrapalharem). Farley é grande (6’2″, 207lb), rápido, e tem excelente recuperação, além se saber atacar a bola como poucos. Tendo jogado como QB no ensino médio, ele ainda está aprendendo a posição, o que dará a liberdade para Dennis Allen moldá-lo da forma que preferir.

2ª RODADA (Pick 60) – Jabril Cox, LB, LSU

Muita gente vai bater o olho e me achar louco por “prever” o Saints escolhendo um jogador de LSU, mas Cox parece ser um cara que ultrapassa essa barreira. O próprio jogador afirmou recentemente que já teve diversas conversas com o staff da equipe pela plataforma Zoom, e não é de se estranhar o porquê. Excelente na cobertura e com medidas físicas impressionantes (6’4″, 230lb), Cox se encaixa perfeitamente no molde que a franquia parece desejar de um LB.

3ª RODADA (Pick 89) – D’Wayne Eskridge – WR – Western Michigan

(Detalhes da troca: NO envia picks #98 e #127 para CLE em troca das picks #89 e #169.)

Os Saints possuem um extenso histórico de encontrar recebedores de escolas menores, incluindo Marques Colston (Hofstra), Deonte Harris (Assumption), Lance Moore (Toledo) e Willie Snead (Ball State). Além disso, Eskridge é um de vários WRs dessa classe que se encaixam na definição de gadget player, porém ele é provavelmente um dos melhores. Velocidade, rapidez nos cortes e mãos seguras em rotas curtas são algumas das coisas que o prospecto de Western Michigan tem a oferecer.

4ª RODADA (Pick 133) – Cameron Sample, EDGE, Tulane

Esse aqui parece quase uma escolha óbvia. E nem pela qualidade do jogador em si, mas pelas conexões que teve até agora com a equipe. Sample é jogador de Tulane, a universidade do estado da Louisiana que tem mais proximidade com os Saints, e que realizou seu Pro Day no centro de treinamento dos mesmos. Ainda por cima, além de realizar reuniões com o staff do time, o jogador ainda foi treinado diretamente pelo DL coach Ryan Nielsen nesse mesmo Pro Day. Por fim, sua versatilidade no pass rush é algo que nosso DC Dennis Allen adora.

5ª RODADA (Pick 169) – Kenny Yeboah, TE, Mississippi

Com os cortes de Josh Hill e Jared Cook, os Saints estão precisando de mais jogadores para a posição de Tight End. Um run blocker mediano, Yeboah se destaca mais recebendo passes. Pode ser um alvo muito interessante na red zone por conta da sua boa envergadura e inteligência ao atacar os espaços entre os defensores.

6ª RODADA (Pick 188) – Jack Anderson, OG, Texas Tech

(Detalhes da troca: NO envia picks #218 e #229 para NE em troca da pick #188.)

Entra ano, sai ano, e os Saints estão sempre escolhendo um Offensive Lineman no Draft. Porém dessa vez, veio apenas na 6ª rodada com o Guard Jack Anderson. Viria para substituir Nick Easton, cortado por conta das casualidades do cap. Tem bom trabalho de pés, é consistente, e pode acabar sendo um steal a esta altura do recrutamento.

7ª RODADA (Pick 255) – Feleipe Franks, QB, Arkansas

Por último, mas não menos importante, não poderia faltar a próxima tentativa de achar o Taysom Hill 2.0. Mesmo depois do fracasso de Tommy Stevens ano passado, que foi cortado no meio da temporada e assinou com nossos rivais Panthers, seu antigo provável destino; Sean Payton ainda não desistiu dessa idéia, e deve buscar o jogador com o perfil mais próximo a esse no recrutamento de 2021, no caso, Franks.

ANÁLISE DO MOCK

3 trade ups, 9 escolhas (incluindo a de 2022 trocada) se tornando apenas 7, porém um Draft que ainda me agradaria muito no geral, pois endereça a maioria das needs da equipe e não se compromete muito para 2022. Os valores das trocas talvez tenham sido “honestos” demais, porém não acho nenhuma delas impossível de acontecer, até conhecendo um pouco os times com os quais escolhi trocar (especialmente Colts e Pats).

DRAFTANDO COMO EU MESMO

2ª RODADA (Pick 33) – Zaven Collins, LB, Tulsa

(Detalhes da troca: NO envia picks #28, #60 e 3rd 2022 para JAX por #33, #45, #130, #170.)

Ao contrário de Mickey Loomis, quando posicionado nas últimas posições da 1ª rodada do Draft, prefiro a estratégia do BPA se não houver alguém que eu goste muito nas posições de maior necessidade do time. Dito isso, por não acreditar que nenhum dos top 4 CBs chegam até a #28, preferiria um trade down para buscar um talento top 20/25 que venha a cair um pouco. Esse é o caso de Zaven Collins, um LB com tamanho de Tremaine Edmunds, que possui excelente habilidade na cobertura do passe, boa leitura dos QBs e um faro aguçado pela bola.

2ª RODADA (Pick 45) – Asante Samuel Jr., CB, Florida State

Com o trade down da 28, consegui também me reposicionar mais alto na 2ª rodada e pegar um dos meus prospectos favoritos, Asante Samuel Jr. Assim como seu pai, não é dos CBs mais altos, listado apenas em 5’10” 184lb, porém também como seu pai, compensa muito bem isso em seu estilo de jogo. Agressivo, destemido e com instintos aguçados, Samuel é excelente em coberturas homem a homem. Também possui bom tackle, não comprometendo em situações de corrida. Muitos dizem que sua altura o limita ao slot, mas vejo ele capaz de fazer tanto slot quanto outside em níveis bem parecidos pela vasta experiência em ambos.

3ª RODADA (Pick 89)Tommy Togiai, DT, Ohio State

(Detalhes da troca: NO envia picks #98 e #130 para CLE em troca das picks #89 e #169.)

A conexão Saints-Ohio State é uma das mais claras da NFL e não é de hoje, então vamos acrescentar mais um nome à essa lista. Tommy Togiai é um pouco undersized para um pass rusher no interior da linha, mas compensa isso com sua força descomunal e instintos invejáveis. É um dos 5 melhores DTs de uma classe não muito profunda, e precisamos de um substituto a altura de Sheldon Rankins, por isso optei por “repetir” a troca feita no outro mock para garantir que ele chegue até nossas mãos.

3ª RODADA (Pick 105) – Tutu Atwell, WR, Louisville

Um dos menos jogadores que já vi chegarem ao Draft, os 5’8″ e 150lbs de Tutu assustam um pouco ao pensar do tanto de estrago que uma porrada de um DL ou LB pode causar-lhe, porém quem disse que eles conseguem alcançá-lo pra poder dar a tal porrada? Talvez o jogador mais veloz desse draft, Atwell impressiona por sua incrível capacidade de “esticar o campo”, assim como a de ganhar muitas jardas com a bola em suas mãos. É o substituto a Ted Ginn que pensávamos que Emmanuel Sanders seria.

4ª RODADA (Pick 133) – Tyree Gillespie, S, Missouri

Antes que me questionem aqui, sei muito bem que a posição de Safety não está entre as maiores necessidades da equipe. Porém, também sei que Malcolm Jenkins fará 34 em Dezembro, e que os Saints em outras ocasiões se aproveitaram de boas oportunidades no Draft para achar substitutos para veteranos no fim da linha (vide o Draft de 2017 com Kamara e Ramczyk). Gillespie seria um baita steal a essa altura, já que é considerado por muitos top 3 da classe de Safetys.

5ª RODADA (Pick 153) – Khyiris Tonga, NT, BYU

(Detalhes da troca: NO envia #170 e #229 para DET em troca da pick #153.)

Decidi subir novamente aqui na 5ª rodada, dessa vez para buscar um Nose Tackle, por 2 razões: Tonga é o run stopper mais experiente da classe, e provavelmente o 3º melhor nessa função, então chegaria mais pronto para jogar logo de cara. Além disso, com a saída de Malcom Brown, não temos jogadores dessa função no elenco, e a UDFA que a diretoria tanto ama para achar DLs estará escassa, então preferi não arriscar.

5ª RODADA (Pick 169) – Marco Wilson, CB, Florida

Muitos já disseram que Cornerback é a posição do elenco que precisa de mais ajustes, e eu concordo plenamente com essa afirmação, especialmente considerando o quanto Dennis Allen adora usar formações em Nickel e Dime, que usam mais de 2 CBs ao mesmo tempo. Wilson chegaria como alguém vindo de uma temporada em baixa, mas que possui muito potencial. Possui o 2º maior RAS (Relative Athletic Score) da classe e pode muito bem se tornar um titular no longo prazo.

6ª RODADA (Pick 218) – Ben Mason, FB, Michigan

A assinatura de Alex Armah, FB, logo depois do início da Free Agency me indica muito claramente que: Sean Payton queria trazer o lendário FB Kyle Juszczyk, então já que ele acabou renovando seu contrato com os Niners, asseguraram a 2ª melhor opção do mercado. Só que sabemos do quanto Sean Payton ama FBs, especialmente para distâncias curtas, e Armah é bem mais um recebedor, então acredito que mais um jogador para a função poderia ser muito útil.

ANÁLISE DO MOCK

Um trade down no começo; um trade up no meio e um no fim do draft. E mesmo assim, saio com o mesmo número de escolhas nesse Draft que entrei, 8. Um time que teve tantas baixas durante a off-season não pode se dar ao luxo de reduzir seu número de escolhas com trocas, pois elas serão muito importantes na construção do novo elenco. O grupo mais reforçado foi exatamente o que perdeu a peça mais importante (tirando Brees, claro), no caso a secundária, que ano passado já era carente de bons reservas.

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