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Pós-jogo: 27×26 @Falcons – Valeu pelos três pontos

Vencemos.

Ninguém sabe como. Ninguém sabe porquê. O Atlanta Falcons liderou o jogo inteiro, abriu 16 pontos de vantagem e ainda assim perdeu. Eles também estão se perguntando como e o porquê. Futebolizando, valeu pelos três pontos fora de casa, mas com certeza o novo técnico Denis Allen sai com muito mais problemas do que soluções.

“Eu falei há algumas semanas, quando vocês me perguntaram sobre o time, que nosso time é forte e tem bravura”, começou Allen. “É o que eu amo do time e é exatamente o jeito que jogamos hoje. Não foi perfeito e temos um monte de coisas que precisamos arrumar. Falei no vestiário: ‘Apreciem a vitória, mas amanhã teremos uma dura realidade para enfrentarem'”.

Podemos listar uma série de problemas do time durante todo o jogo. De um lado da bola, o quarterback Jameis Winston estava completamente fora de ritmo; o ataque, com várias peças novas voltando de lesão, estava com dificuldades de encaixar; os ajustes nunca aconteciam; a pressão chegava rapidamente e sempre pelo meio, que é o pior cenário para qualquer Quarterback, muito graças a péssima partida do guard Cesar Ruiz; o Running Back Alvin Kamara não conseguia participar do jogo.

Do outro lado, a linha defensiva não gerava pressão; os linebackers tinham dificuldade de leituras nas jogadas run-pass option e isso abria um buraco imenso no meio da defesa para as corridas entrarem com facilidade. Até o time de especialistas sofria, com o kicker Will Lutz errando um fácil (pra ele) field goal de 43 jardas.

Talvez a melhor definição da partida foi dada pelo Cam Jordan. “Se foi divertido? […] Eu fiquei pensando ‘que diabo está acontecendo'”. E talvez o gráfico que mais mostra essa maluquice seja este daqui:

Eu sempre digo que os números são frios. Os gráficos, então, nem se fale. Mas no começo do último quarto, Atlanta tinha mais de 95% de chance de vencer. Ok, eles estão acostumados a deixar vitórias garantidas escaparem, mas o agravante é que do outro lado existia um time sem nenhuma inspiração. Marcus Mariota e Cordarrelle Patterson correram, juntos, para quase 200 jardas. Em certo momento do jogo, Winston estava com 4 pressões e 3 pancadas em 7 tentativas de passe. No total, foram 4 sacks cedidos e 8 pancadas no quarterback. O desempenho era uma tragédia.

As coisas ameaçaram melhorar após o intervalo para o ataque, mas no mesmo ritmo tudo piorou para a defesa. Só que, de repente, em um estalo, tudo começou a se encaixar.

“Eu não sei como voltamos para o jogo”, admitiu Allen. “Eu penso que conseguimos um pouco de ritmo e os pegamos em algumas cover-2 no começo do 2 minute drive, acertamos algumas bolas no fundo do campo. Ai eles começaram a tentar pressionar um pouco mais conforme aumentávamos o ritmo. Jameis também se acertou, alguns lançamentos na zona vermelha para o Mike T (Michael Thomas) foram grandes jogadas”.

Volto ao começo do texto. Vencemos. Ninguém sabe como e ninguém sabe o porquê.

Fato é que os últimos dois drives do ataque foram animadores. Jogadas criativas, Winston mostrando braço e boa visão de jogo. Recebedores talentosos e com boas mãos. Mesmo com tudo errado, Winston terminou o dia com um rating de 111.0, Jarvis Landry teve 117 jardas em 7 recepções (incluindo essa maravilhosa do vídeo abaixo), Michael Thomas (ainda bem que voltou) recebendo 5 vezes para 57 jardas e dois touchdowns dificílimos, Taysom Hill (quem diria) correndo 81 jardas e um touchdown… Os números, frios, mostrando um excelente desempenho concentrado em pouquíssimo tempo de jogo.

Buscamos 16 pontos de vantagem em menos de um quarto. Isso é tão maravilhoso quanto raro. E ainda assim demos espaço para que desse errado. Falcons pecou em não ser agressivo, em chutar punts em 4ªs descidas curtas no fim da partida. O Saints pecou, ainda, ao cometer duas faltas bestas que quase custaram tudo. Um intentional gounding esquisito e outra falta tão estranha quanto cometida pelo Marshon Lattimore já com o relógio zerado, que possibilitou uma tentativa de field goal de 60+ jardas, que foi bloqueado e garantiu a vitória.

Agora é hora de voltar pra casa, ver o vídeo e corrigir muita coisa. Porque na próxima semana recebemos o Tampa Bay Buccaneers, um time muito melhor em todos os níveis, e precisaremos errar muito menos para ter alguma chance.

Melhores momentos da partida

#WHODAT

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