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Pós-Jogo | W4 – Saints 21×27 Giants

Pós-Jogo | W4 – Saints 21×27 Giants

Nada mais Saints do que, na volta para New Orleans, perder de virada para um time 0-3, além de ceder 400 jardas para um quarterback que nunca tinha atingido essa marca na carreira. E o pior de tudo isso é que o principal culpado pela derrota não está no ataque e nem na defesa. Está no banco de reservas.

“Vamos dar crédito ao time de New York. Eles persistiram bastante. Nessa liga, quando você é capaz dessas coisas, você pode vencer. Todos os times são bons o suficiente para acertar as jogadas. Certamente, nós não nos sentimos indo para enfrentar um time que parecia um time 0-3. Nós sabíamos o quão bem eles tinham jogado contra Atlanta e Washington… Qualquer vez que você tem um jogo indo para a prorrogação onde você liderou a maior parte do tempo, e você perde, é frustrante.”
Sean Payton, técnico do New Orleans Saints

E se podemos apontar algum culpado para a derrota, impossível não apontar algum dedo para o treinador. Foram algumas chamadas contestáveis. Como tentar uma corrida lateral em uma quarta descida para três jardas, estando apto a chutar um field goal de 46 jardas. E, na sequencia, tentar um field goal mais longo, de 58 jardas, com o Aldrick Rosas, que apenas tinha acertado um dos três primeiros chutes na temporada.

“Em algum momento nós temos que ser capazes de chutar um field goal. Olhando para trás, eu devia ter mandando um punt (no FG de 58 jardas). Senti isso depois que ele (Rosas) errou. Na jogada seguinte, eles anotaram um touchdown”, explicou Payton. Só que, apesar de tudo isso, o jogo caminhava bem para o New Orleans Saints. Com uma atuação sólida do quaterback Jameis Winston (17/23 226yds TD), o time chegou a abrir 11 pontos. Mas, de novo, no último quarto já dava para perceber que a partida estava tomando um rumo estranho.

Para explicar, voltaremos um quarto antes. Ao terceiro. Em um drive constante, Winston acertou um maravilhoso passe para Kenny Stills. O touchdown faria o Saints abrir uma larga vantagem, mesmo ainda tendo algum tempo de jogo pela frente. Mas a pontuação foi anulada por um holding da linha ofensiva. Na jogada seguinte, Taysom Hill tentou um passe parecido para Deonte Harris. Só que a bola saiu fraca, torta e virou uma interceptação.

Mesmo que no drive seguinte a defesa do Saints tenha segurado o Giants, ali algo mudou na cabeça de Sean Payton. Deste ponto até a derrota, Payton chamou apenas quatro jogadas de passe. Lembre que já explicamos que Winston estava tendo uma partida razoável. O ataque unidimensional foi facilmente marcado pelo Giants que conseguiu o ritmo necessário para levar o jogo até a prorrogação e vencer.

“Nós estávamos tentando pontuar novamente”, explicou Payton. “Sentíamos que podíamos correr com a bola de forma eficiente, mas estávamos tentando pontuar novamente. Não há nada diferente para fazer quando ainda faltam nove minutos na partida. É muito tempo. Eles tinham timeouts para pedir e nós estávamos tentando mover a bola. Então, posso dizer que estávamos normalmente no nosso gameplan”.

Mas esse gameplan “normal” não funcionou. A defesa cansou. Giants cresceu e venceu a partida.

“Eles acertaram algumas jogadas, especialmente as explosivas, identificando espaços abertos na nossa defesa. O mais importante pra nós é que podemos sobreviver a essas jogadas. Jogadas entre tackles perdidos, sem eliminar recepções que deixamos eles moverem a bola, em momentos que sentimos que podíamos tirar eles de campo. Obviamente, nós vamos para todo jogo esperando eliminar as grandes jogadas, mesmo entendendo que isso é muito difícil em vários times” explicou o safety Malcolm Jenkins.

E dessa vez passarei pano para a defesa. De longe é a unidade que melhor produz no time. A melhor definição sobre isso que vi foi que, da mesma forma que não poderíamos cobrar o ataque pelas derrotas nas temporadas com Drew Brees, porque é injusto exigir que um ataque faça mais do que 30 pontos todo jogo, é injusto cobrar a defesa nesta temporada, pelo mesmo motivo de ser exagero exigir que a defesa mantenha todos os times abaixo de 20 pontos. Por mais que o ataque do New York Giants tenha inúmeros problemas, a defesa segurou o quanto pode até a metade final do último período. Mas foi penalizada por um ataque unidimensional, facilmente marcado e perdido, que colocava a defesa sob pressão durante todo o tempo. Mas não pense que isso significa que não existem problemas nesta unidade. Os problemas de falta de pressão no Daniel Jones e alguns buracos na secundária precisam ser corrigidos.

Que Sean Payton encontre o ritmo novamente. E que derrotas como esta não se tornem comuns.

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