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A casa do torcedor do New Orleans Saints no Brasil!
Vem para o trem do hype você também

Vem para o trem do hype você também

Por José Eduardo Zanon

Salve, torcedor dos Saints!

Como diriam os meninos d’A Turma do Balão Mágico em o Trem Mineiro: “Vem andar comigo, sem correr perigo / Vem que o trem é mágico também / Toque alto o apito, tudo é tão bonito / Quando estou a bordo desse trem”.

É isso mesmo. Apesar de todos os prognósticos não serem muito favoráveis, para mim, eles são favoráveis o suficiente. E sim. Sou velho o suficiente também, mas isso eu não precisava mais dizer.

Sou dos que acreditam que o New Orleans Saints não vai ter nem 5 derrotas na temporada regular de 2023. Somos poucos ainda. Mas seremos mais ao longo da temporada. Típico caso de Síndrome de São Tomé (não o das Letras – salve Ventania!). O pior é que esse termo existe. É aquela história do “só acredito vendo”.

Drew Brees, um homem apaixonado.
Não vale chorar de saudades. (Michael C. Herbert / New Orleans Saints)

A maioria dos comentaristas que fazem essas previsões estão dizendo que os Saints devem ter de 9 a 10 vitórias, o mínimo para se ter uma campanha positiva e ir para os playoffs na semana de wildcard como vencedor da conferência sul da NFC. Eu vou mais longe, de 12 a 14 vitórias. Nossa tabela é a mais fraca, segundo indicadores de força de confrontos (FPI – Football Player Index – um link pra conferir isso está aqui: https://www.espn.com.br/nfl/fpi). Isso, com certeza, contribui com o prognóstico positivo, mas não é só isso.

A troca de QB titular, de Jameis Winston e Andy Dalton, sem contar no experimento Taysom Hill, para Derek Carr, recém chegado de 9 temporadas de altos e baixos em Las Vegas, com certeza é um fator positivo. Não que Carr seja um gênio, ele não é um salvador da pátria, longe disso, mas ele passa mais confiança à torcida. A mesma torcida que já foi enganada, em partes, por bons momentos de Winston nessas últimas temporadas após a aposentadoria de Drew Brees (nesse momento, escorre uma lágrima no olho direito, malditos ninjas cortadores de cebola).

Pra quem já teve até Ian Book de titular, teve que sofrer com Dalton na última temporada e ficou em pânico com nossa máquina de jogar futebol americano chamada Taysom Hill mostrando que faz tudo bem mas que pra ser quarterback titular falta muita coisa, a vinda de Carr pode trazer conforto e segurança. Não muito, mas como eu disse antes, pra mim é suficiente.

Carr formou boa dupla nos Raiders com o TE Darren Waller por anos, e até com o TE Jared “Mão de Pau” Cook antes, e com bons WR como Amari Cooper, Michael Crabtree, Hunter Renfrow e por último com Davante Adams, pra ficar apenas em alguns. Mas os times lá em Oakland e Las Vegas eram basicamente ruins, sem linha ofensiva decente, ele tem sorte de ter escapado com vida nesses anos. Se ele não era a tábua de salvação, os times ruins só prejudicavam e vale lembrar que é difícil ser titular por tanto tempo em times ruins em uma liga que descarta jogadores com a facilidade que temos de não pedir a nossa via do comprovante de compra no cartão na boca do caixa. Ele ficou lá por nove fucking temporadas, com pouco histórico de lesões (que minha memória de peixe permite lembrar), jogando num bom nível, às vezes melhor até que o esperado por muitos. Mas realmente, não é nada genial.

Dito isso, agora ele tem armas como nossos WR Chris Olave, que mostrou serviço sem ter um quarterback decente, e ele, a lenda, Michael Thomas (que homem!), que aparenta estar muito bem, obrigado, e se nada der errado deve ser o principal alvo do ataque aéreo. Olavinho deve ser o alvo das jogadas explosivas que Carr sempre gostou de fazer (aí que mora o perigo?). O time ainda tem um corpo de WR bom, nada excepcional, com com jogadores como Rashid Shaheed e Tre’quon Smith (Trecão!), e o calouro A. T. Perry. Temos razoáveis tight ends, como Juwan Johnson, Foster Moreau (que veio com Carr de Las Vegas) e a lenda Jimmy Graham, pode dar jogo.

Tem nossa estrela Alvin Kamara, que depois de 3 semanas de suspensão vai voltar voando. Assim esperamos. Enquanto isso, temos o RB que mais fez touchdowns na temporada 2022, vindo de Detroit, o dançarino e fã de anime Jamaal Williams. E um bom corpo de reservas, como o calouro Kendre Miller.

Mas nem tudo são flores no ataque. Estamos tendo problemas com a linha ofensiva nas últimas temporadas, e para essa a coisa não deve ser diferente. Só torcemos para que isso não seja pesado a ponto de arrastar o ataque para baixo. Mas sim, isso me preocupa, e pelo que sei, não só a mim. Mas acho que Pete Carmichael e Dennis Allen devem ter outras preocupações, não faço ideia de quais, aliás, não sei o que se passa na cabeça deles. Deixa quieto isso. Durante a temporada eu vou xingar eles com qualidade e quantidade, agora quero curtir em paz.

O coordenador ofensivo Pete Carmichael e a face da genialidade. Não me odeie, sou apenas o mensageiro. (Michael C. Herbert / New Orleans Saints)

Do outro lado, temos nossa defesa. Essa deve seguir como uma das melhores da liga, em termos de qualidade individual e de produtividade. Algumas peças saíram, mas o DE Cam Jordan (monstro sagrado) e o LB Demarius Davis, são o motor e o espírito da defesa, sem contar talentos como S Tyrann Mathieu (que precisa voltar a ser o texugo do mel que gostamos e amamos) e o pai de quase todos os WR da liga (que o diga Mike Evans), nosso CB Marshon Lattimore. E tantos outros, como o CB Alontae Taylor, o S Marcus Maye. Um mistura de jovens promissores com alguns dos melhores da liga em suas posições nas últimas temporadas. Se nada der errado, tudo vai dar certo, não é assim?

Nosso special team tem algumas mudanças importantes, como o novo kicker Blake Grupe, que parece uma criança, diga-se de passagem, um novo punter, Lou Hedley, que pra mim tem cara de doido e jeito de um psicopata redneck. Vai ser divertido ou não vai?

Portanto, meus estimados sofredores, quer dizer, torcedores dos Saints, minhas expectativas para essa temporada estão lá em cima. Superbowl já é realidade! (inserir o Selo Drew Brees Anti Zica aqui, rápido!). Nosso time de 2023 nunca perderia o SB para o Mahomes sem uma perna, como foi o ano passado. Dito isso, sim, é claro que perderia.

Já passei por anos com boas expectativas, jogadas por terra com a pior defesa de que me lembro na NFL. Coitado do Brees, passando pra 5 mil jardas e nem pegando playoffs. Já vi times sem expectativa nenhuma, morrer na praia em um assim chamado milagre em Minnesota. Já vi o time que deveria ganhar o Superbowl morrer numa falta não chamada, que chegou a mudar as regras da NFL. Já vi o velho Drew Brees ter a chance de ganhar de Brady, Rodgers e Mahomes em sequência e se aposentar como o melhor da história, mas se aposentar num Superdome melancólico (prometi pra mim que não ia permitir o ataque dos ninjas cortadores de cebola aqui, não adiantou).

Será que teremos mais momentos históricos no Superdome nessa temporada? (Michael DeMocker / New Orleans Saints)

Mas tudo já passou. Importa o que vai vir. A jornada até aqui foi “one hell of a ride“, mas muito mais está pela frente. Quem sabe, essa temporada? Por que não? Vai que…

Tudo recomeça neste domingo. O trem do hype começa a pegar mais passageiros no dia 10 de setembro, às 14 horas de Brasília, lá na estação Caesars Superdome, com transmissão do app do DAZN com o Gamepass, e melhores momentos ao vivo no Red Zone da ESPN no Star+. Vamos ver até onde esse trem chega. Eu tenho quase certeza absoluta de que acho que esse trem chega lá. E você? O que acha? Deixa seu comentário com sua previsão para essa temporada! E vem comigo!

Bora, Saints!

Venha me ver falando bobagem e sofrendo com o New Orleans Saints em outros lugares, no antigo Twitter e no Instagram.

PS1: Essa semana o nosso Podcast voltou com as opiniões mais avalizadas do futebol americano brasileiro, sem clubismo, não deixem de conferir.

PS2: Perdoem o texto longo! Prometo melhorar. Ou não.

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