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Conhecendo nosso adversário: Detroit Lions

Numa realidade bem diferente da imaginada pelo torcedor, chegamos para a partida contra o Detroit Lions na semana 4 com um ar de decisão bem maior do que se era esperado. Muitas pessoas imaginavam um 2-1 ou um 3-0 chegando para esse confronto, o que deixaria a situação mais confortável, mas com um 1-2 a realidade é outra.

Para tentar escapar de um início ainda mais desastroso, a equipe viaja para Detroit para encarar o Lions. A franquia do estado de Michigan chega na semana 4 com recorde idêntico ao Saints, uma vitória e duas derrotas. Após estrear perdendo do Chicago Bears por 27 a 23, a equipe foi atropelada na segunda semana pelo Green Bay Packers por 42×21. Entretanto, virá empolgada para o confronto após vencer o Arizona Cardinals, que era surpresa na NFL até aqui, pelo placar de 26 a 23 com um field goal de Matt Prater no último segundo.

A equipe de Detroit possui muitas deficiências já há algumas temporadas e é algo que não parece ter se resolvido muito, ou seja, se o Saints precisa reencontrar o caminho das vitórias, essa pode ser a partida para isso. Vamos então para uma análise desta franquia.

ATAQUE
Kenny Golladay e Matthew Stafford. – Foto de: newsbreak.com

As equipes do Lions nos últimos anos são conhecidas por possuir bons nomes ofensivos e esse padrão se mantém para essa temporada. Entretanto, em números, esse ataque começou deixando a desejar. A equipe é apenas a 21ª em pontos feitos por jogo com uma média de apenas 23,3. Além disso, em jardas, a equipe é a 19ª, com 351,7 jardas de média por partida.

O líder deste ataque, desde 2009, é o veterano QB Matthew Stafford. Com talento incontestável, Stafford chegou como um salvador da pátria para a equipe vinda de um 0-16 em 2008 e, de fato, elevou o patamar da franquia. Entretanto, 12 anos depois, as conquistas não vieram e o jogador acaba por ser subestimado apesar dos ótimos números conquistados na carreira. Nesta temporada, especificamente, Stafford tem média de 270 jardas lançadas por jogo, além de 5 TDs e 2 INTs e, na última partida, o QB lançou exatas 270 jardas e 2 touchdowns na vitória contra o Cardinals, acertando 71% dos passes que tentou. Muito desse bom desempenho se deve a volta do alvo principal do jogador: o WR Kenny Golladay.

Golladay nos dá a conexão perfeita para falar do ótimo grupo de recebedores que Stafford tem à disposição. Além da conexão 0800 Kenny Golladay que sempre rende ótimas recepções e touchdowns, o grupo de WRs ainda tem o ótimo Marvin Jones, que seria WR1 em muitas equipes da liga, o experiente WR Danny Amendola jogando no slot e ainda possui a velocidade de Jamal Agnew e a jovialidade do novato Quintez Cephus que apareceu bem nas duas primeiras semanas. Completando os recebedores temos os TEs. Tight ends complicaram muito a vida do Saints nos primeiros jogos, então é interessante ficar de olho em quem estará do outro lado da bola para agarrar os passes. Infelizmente, o líder em recepções na temporada para o Detroit Lions é o TE T.J. Hockenson (13). Além disso, o jogador ainda tem 171 jardas totais e 1 touchdown recebido. O TE reserva Jesse James começou a aparecer para o jogo aéreo na semana passada, na qual conseguiu as três recepções que o mesmo possui na temporada, somando 28 jardas e 1 touchdown. O matchup contra tight ends mais uma vez será peça chave na partida.

Correr com a bola não costuma ser o ponto forte desse ataque e, esse ano, a história se repete mais uma vez. Talvez pelas chamadas controversas de Matt Patricia, algo colocado pelo nosso convidado do We Dat Podcast Felipe do @LionsPrideBR. Melhorou, é verdade, Adrian Peterson, recém-chegado, colocou mais vitalidade para o jogo terrestre e já soma 209 jardas corridas na temporada, mas o ataque por muitas vezes só funciona no jogo de passes. Além de AP, a equipe conta com Kerryon Johnson e o novato D’Andre Swift, draftado na 2ª rodada, para contribuir um pouco nos jogos terrestre e aéreo recebendo passes saindo do backfield.

Fechando o ataque, aqui temos um ponto chave para a partida, a linha ofensiva do Lions. Apesar de ser boa abrindo espaços para o jogo terrestre, o que sinceramente não deve funcionar muito devido à ótima defesa terrestre do Saints, a linha está sofrendo muito para proteger o QB Matt Stafford, cedendo oito sacks nos últimos 2 jogos. Isso pode ser parte chave para a defesa conseguir parar o jogo aéreo, pressionando bastante o QB adversário.

DEFESA
Jeff Okudah comemorando defesa contra DeAndre Hopkins. – Foto de: detroitlions.com

Algumas coisas contribuem para que pessoas pensem que essa partida terá muitos pontos, e a defesa do Detroit Lions é uma dessas. Estatisticamente falando, a equipe é apenas a 26ª da liga em pontos cedidos por jogo, com uma média altíssima de 30,7 pontos cedidos, além de possuir a 5ª pior marca da liga em jardas cedidas, com uma média de 409,3 jardas cedidas por partida.

Iniciando pela linha defensiva, a equipe conta com o experiente Trey Flowers de DE, e seu companheiro é Romeo Okwara. Podendo jogar de DL e DT temos o bom jogador Da’Shawn Hand (questionável com uma lesão no peito). Nicholas Williams, Danny Shelton e John Pensini completam o time revezando entre os DTs. Um corpo razoável, mas que foi responsável por apenas dois sacks na temporada até aqui.

O principal problema defensivo é o corpo de linebackers. Sem um nome de grande expressão, a equipe sofre muito nessa posição, tanto para marcar o jogo aéreo e principalmente para parar o jogo terrestre. O Lions tem a terceira pior marca da liga em jardas cedidas pelo chão com uma média terrível de 172,3 jardas cedidas por jogo. Os nomes entre os LBs são Jahlani Tavai, Jamie Collins (o mais conhecido, possui um sack e uma interceptação na temporada), Christian Jones, Reggie Ragland e o conhecido Jarrad Davis que possui cada vez menos snaps na equipe.

O que evidencia mais ainda o problema desse corpo de linebackers é o fato de que os líderes em tackles na equipe são os dois safeties: Tracy Walker com 23 e Duron Harmon com 14. Isso nos leva a secundária, parte mais sólida desta defesa. Quem marca o principal WR adversário é o extraordinário novato Jeff Okudah, escolha 3 do último draft e que conseguiu uma interceptação no último jogo. Seu companheiro é o também bom CB Amani Oruwariye e, além de ambos, o experiente Desmond Trufant, ex-Falcons, deveria possuir função importante na secundária, mas ficou de fora das duas últimas partidas e está questionável para o jogo devido à uma lesão na posterior da coxa. Em sua ausência, coube ao CB3 Darryl Roberts cobrir o slot, e, sinceramente, ele não foi nada bem na última partida contra o Arizona Cardinals e também é dúvida para a partida com uma lesão no quadril. Os safeties já ditos no início do parágrafo são importantíssimos para a defesa, Harmon também possui uma interceptação. A secundária é a 13ª da liga em jardas aéreas cedidas com 237 de média.

TIME DE ESPECIALISTAS
Punter Jack Fox. – Foto de: sports.yahoo.com

Em um time com muitas dificuldades, às vezes o protagonismo vai para os especialistas, e isso acontece em Detroit. O punter novato Jack Fox surpreende e é o melhor em sua função chegando na semana 4 da temporada, ganhando o prêmio de jogador de times de especialistas do mês de Setembro na NFC, o primeiro punter na história do Lions a conseguir este feito. Os field goals ficam por conta do veterano kicker Matt Prater e os retornos na conta do veloz e ágil Jamal Agnew.

Visto o que foi dito acima, o Lions pode surpreender e dar trabalho ao Saints, tem peças para isso e, com a má fase da franquia da Louisiana, há boas chances de termos um confronto equilibrado. Entretanto, o favoritismo do New Orleans Saints é incontestável para a partida que irá ocorrer às 14 horas (horário de Brasília) no Ford Field em Detroit, com transmissão do NFL Game Pass.

Imagem destacada: USA Today Sports.

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