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Pós-Jogo | W1 – Saints 38×3 Packers

Todo mundo esperava um atropelamento. Mas não que o atropelado seria o time verde. Mesmo com vários problemas, o New Orleans Saints venceu com facilidade o favorito Green Bay Packers em uma partida em que tudo deu certo.

“Sinto que foi uma boa vitória”, disse o técnico Sean Payton no início de sua entrevista coletiva. “Pra começo de temporada penso que jogamos realmente bem, de forma completa. Tempo de posse de bola, jardas corridas, todos os números que procuramos quando olhamos para a planilha no fim do jogo e todas as três unidades estiveram realmente bem. […] Estou orgulhoso em como jogamos. Penso que fomos físicos e jogamos com muita energia”.

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Energia. O que faltava em New Orleans, que teve sua rede elétrica devastada pelo furacão Ida, e que fez o Saints precisar ir para Dallas, descobrir que também não poderia jogar lá e mais uma vez arrumar as malas e seguir para a Florida. Essa mesma energia, podemos dizer, sobrou em campo contra o Packers.

Mas vamos a uma verdade: Ninguém esperava uma atuação como essa. Tudo que podia dar errado, estava acontecendo. Nosso melhor Wide Receiver (Michael Thomas) estava machucado e rodeado de polêmicas; O segundo melhor (TreQuan Smith) foi para a lista de machucados na semana da estreia; O cornerback que treinou como titular durante toda pré-temporada (Ken Crawley) também machucou; Fizemos uma troca por outro cornerback que chega suspenso para a semana 1 (Bradley Roby); Estávamos jogando longe de New Orleans por causa de furacão; Depois de 15 anos, começávamos a primeira temporada sem Drew Brees… Não a toa os “experts” não perguntavam quem venceria, mas sim de quanto o Packers ganharia.

Só que, desde 2018, o New Orleans Saints começou 11 jogos sem ser o favorito. E ganhou nove.

O que vimos foi uma defesa brilhante, muito bem ajustada pelo coordenador defensivo Dennis Allen. Vimos o cornerback Paul Adeebo, na primeira partida na NFL, brilhando e interceptando uma bola. Vimos o quarterback Jameis Winston lançar para cinco touchdowns e também tendo sorte de sofrer uma falta quando foi interceptado. Vimos um ataque equilibrado, correndo mais do que lançando e colocando Winston para soltar o braço em situações oportunas. Vimos algo dominante, muito melhor do que se esperava.

“Meu treinador me mandou uma mensagem pela manha dizendo ‘pressão é para despreparados'”, disse Winston. “Penso que algo que fizemos constantemente unidos com Sean (Payton) e Jay Romig (diretor administrativo) foi que, apesar da adversidade de ir para Dallas e tudo que lidamos com nossa casa, nosso mental permanecia o mesmo. Nos preparamos para jogar contra Green Bay e preparamos para jogar o melhor football que poderíamos. E fizemos isso”.

Crédito: AP Images

A liderança e confiança de Winston vale destaque. Expulso de Tampa Bay após uma temporada com 30 interceptações, passou uma temporada com um salário pequeno apenas para sentar e aprender com Drew Brees. Na primeira chance de ser titular, dois anos depois da temporada traumática, Winston lança para 148 jardas, cinco touchdowns e completando 14 de 20 passes tentados.

“Drew (Brees) sempre me disse ‘é sobre as decisões e não os resultados'”, disse Winston. “As vezes a decisão é jogar a bola fora, as vezes é abaixar a cabeça e sair correndo, ou as vezes é aceitar o sack. Quanto mais vezes você toma a decisão correta, o jogo toma conta do resto”.

Defensivamente o brilho também foi imenso. Enfrentando um dos melhores quarterbacks da história da liga, a defesa se manteve sólida, cedeu poucas jardas e forçou turnovers. Outro desempenho próximo da perfeição.

“Se você voltar e ler as matérias, estavamos jogando contra um dos melhores ataques da liga e com melhor aproveitamento de 3ªs descidas”, disse Payton sobre o desempenho defensivo. “Existem muitas coisas que eles são capazes de fazer bem. Penso que pressionamos, contemos corridas, conseguimos alguns turnovers e fizemos tudo isso contra um dos melhores quarterbacks da liga há algum tempo”.

E a dedicatória da vitória foi para a cidade e todos que trabalharam para que a partida acontece em Jacksonville. Sean Payon dedicou até uma das bolas da partida foi para todas as pessoas que estiveram envolvidas na logística. “Tem muita coisa envolvida como equipamento, planejamento de hotel e tudo mais. Nossa meta era criar um ambiente onde todas as outras distrações eram removidas e poderíamos focar apenas no football. Essas pessoas fizeram um ótimo trabalho nas duas últimas semanas”.

Green Bay tinhha mais torcida em Jacksonville do que o Saints. O público anunciado foi de 35.242 torcedores. Mas eles começaram a deixar o estádio desampontados quando o quarterback Aaron Rodgers foi sacado da equipe faltando 11 minutos para acabar o jogo. Quando o relógio zerou, o que se ouviu foi um whodat chant dos torcedores que ainda ficaram no estádio.

NOTA1: Cornerback Marshon Lattimore renovou seu contrato por 5 anos e teve uma lesão no dedão. Passará por cirurgia e deve voltar apenas depois da semana 6.

NOTA 2: Defensive End Marcus Davenport saiu de campo machucado (Ah vá…) com uma lesão em um músculo do peitoral. Não há previsão de retorno, mas também parece não ser algo muito sério.

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