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Pós-Jogo | W5 – Washington 22×33 Saints

Pós-Jogo | W5 – Washington 22×33 Saints

Punt ganha jogo. Essa frase ecoa na minha cabeça desde que Blake Gillikin, o punter do New Orleans Saints, colocou três punts antes das 5 jardas do adversário. Claro que os chutes não resultaram em pontos diretamente, mas a péssima posição de campo para início de campanha fez o Washington precisar arriscar mais, errar mais, e garantir a vitória fora de casa para o Saints.

“Ele foi incrível. Ele foi incrível. Incrível”, repetia o técnico Sean Payton quando questionado sobre o desempenho de seu punter. “Ele recebeu a bola do jogo. No segundo tempo nós jogamos muito no fim do campo adversário. E generalizando, eu falo sobre isso todo tempo, nessa posição de campo quando se comete um erro, ele é potencializado. E isso aconteceu no segundo tempo”.

A partida de forma geral não foi das melhores. Pra nenhum dos lados. As defesas prevaleciam contra os ataques. O ataque do Saints, especificamente, sofria bastante para andar com a bola, na exceção de uma ou outra jogada explosiva. A partida seguia aquele ritmo de emoção até o último minuto. Só que o herói mais improvável deu as caras: Blake Gillikin. Ele chutou cinco punts, sendo um deles com o snap saindo da linha de 1 jarda do próprio campo. Não ter sido bloqueado ali já era uma vitória. Mas o que veio na sequência foi ainda melhor. Dos três punts colocados dentro da linha de 5 jardas adversária, um deles viajou por 60 jardas antes de quicar e sair de campo faltando apenas uma jarda para a endzone.

“Esse é um bom ponto”, começou Gillikin. “As pessoas pensam que nós controlamos o quique e pra onde a bola vai depois que ela sai do seu pé. Nós pensamos que ela sai do nosso controle, porque o vento pode afetar e todas as outras coisas, então quando você chuta um punt em espiral e ela vira, o quique vai para a direita”.

De acordo com as estatísticas da ESPN, Gillikin se tornou o primeiro punter desde 2000 a ter três punts de 50 jardas ou mais dentro da linha de 5 jardas. Apenas outras 30 vezes nos últimos 21 anos tivemos punters fazendo isso duas vezes no mesmo jogo, com o ex-punter do Saints, Thomas Morstead contribuindo três vezes para este total.

Mas não vamos falar apenas do punter (apesar de dar vontade). Tivemos também um desempenho razoável do quarterback Jameis Winston (15/30 279 jardas, 4 touchdowns e uma interceptação), um jogo corrido eficiente (Alvin Kamara correu 16 vezes para 71 jardas e um touchdown), recebedores inspirados e uma defesa decisiva. Uma mistura suficiente para uma vitória confortável contra um Washington que não é mais aquele saco de pancadas das últimas temporadas.

“Foi uma vitória dura”, analisou Sean Payton. “Logo no começo fizemos algumas coisas acontecerem. E nem vou falar sobre jogadas. Mas jogadores se machucaram e isso mudou um pouco o ritmo do jogo. Penso que os outros caras responderam bem”.

Entre as lesões, a primeira, e que com certeza mudou o plano de jogo da equipe, foi do recebedor Deonte Harris. Logo após marcar um touchdown de 72 jardas (com um belo passe do Winston), ele sofreu uma lesão muscular e não voltou para a partida. Depois disso, o “multi-homem” Taysom Hill foi vítima de um helmet to helmet e deixou o gramado com concussão. Para piorar, o guard Andrus Peat também deixou o campo machucado, fazendo com que nossa linha ofensiva passasse a atuar com apenas 2 titulares, sendo um deles fora de posição (Cesar Ruiz de Center).

Todos estes pesares tornam a vitória ainda mais incrível. Uma vez li em um artigo gringo que um bom time se molda encontrando formas diferentes de vencer uma partida. É o que parece acontecer com o Saints. Após uma derrota deprimente em casa contra o New York Giants, a equipe se recuperou, enfrentou vários desafios e achou uma forma de sair com a vitória.

“Nós sabíamos o que precisávamos fazer”, disse o cornerback (e pai de Terry McLaurin) Marshon Lattimore. “Nós não podíamos cometer os mesmos erros da última semana. Cometer erros que sabemos como não cometer. Nós sabíamos o que precisava ser feito”.

O desempenho defensivo foi, novamente, importante. Apesar do Washington chegar seis vezes na redzone, eles conseguiram apenas dois touchdowns. Além disso, quando o ataque adversário era colocado com as costas na parede, a defesa os fazia pagar, encurtando o campo para o ataque.

“Todo ano você sabe que não será o mesmo time, todo time é diferente e você precisa formular uma identidade”, disse o linebacker Demario Davis. “É isso que estamos fazendo, criando identidade. Sabemos das nossas forças, das áreas que precisamos melhorar e, formulando identidade, você se torna mais consistente e confiável nas áreas que está melhorando”.

Agora é hora de descanso. O Saints chega para a bye week com 3 vitórias e duas derrotas, sendo que uma delas poderia facilmente ter sido evitada. É um longo caminho até os playoffs. Mas, apesar dos pesares, estamos sobrevivendo bem.

#WHODAT

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